quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Véspera da véspera. Que véspera?

Eu queria fazer um post de Natal, mas esse ano tudo pareceu mais vago do que nunca. Não vi nada aquilo que antes simbolizava tudo de mais capitalista que existia nessa data.
O prozac no ar. Lojas lotadas. Pessoas comprando. Luzes para todos os lados. O velho Papai Noel com sua barba inversamente proporcional a qualidade do estabelecimento. Aquele brilho.
Ao começar a escrever isso eu me perguntei "cadê?". Será que a vaca comeu? É 2012 chegando? Ou tudo isso é realmente coisa que só vemos quando somos crianças? Não sei. Só sei que se ontem eu me perguntava a onde está o amor. Hoje eu me pergunto cadê o natal.

Feliz Sejaláoquerestou

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A unexpected memory.

Valorizar cada dia que conquistei. Cada riso dado com vocês. Cada lágrima que não caiu por vocês. Para algumas foram 3 anos, para outras 3 meses. Mas como eu li (em uma foto muito linda por sinal, rs) "pra alguém entrar na nossa vida, é questão de dias", e foi bem assim. Pois com vocês eu aprendi, além de tudo, que o coração desconhece a linguagem do tempo.
E o amanhã chega. Novo e desconhecido. Mas diferente dos outros, eu tenho uma certeza. Uma única certeza. A de que esse amanhã, dia 15 de Dezembro, será, no mínimo, risível. Mais alegre. Como todas as minhas manhãs foram com vocês. Por vocês.

E aqui fica meu agradecimento. De maneira surpresa para muitos, e até para mim. Pois essas lembranças que vocês me deram, nem dinheiros compra.

Muito obrigada.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A changing in the changes.

Uma noite difícil. Lágrimas, risos, chuva. Um dia cinza. Todo esse ar novo que de tão amargo e fresco já estou familiarizada. Familiarizada com a dor, a perda, o nojo e essas nuvens que teimam em não ir embora. Talvez por isso já não sinta mais nada. Sinto apenas um grande... alívio! Sim, alívio por saber que rumo minha vida vai tomar. Por, finalmente, resgatar o que restava de mim em você. E é com esse grande alívio que sei que posso continuar. Pois é sempre nesse velho adeus que novos começos surgem.


Boa Sorte.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

trinta e doze.

Dia trinta, número doze. Ainda me lembro dos cheiros, gostos e texturas. Das dores e prazeres do castelo que construí com meus pés no chão e meus sonhos em suas mãos. Como diria o Rei Roberto Carlos: foram tantas emoções. Emoções, algo que ainda me resta. Que me tiram um fôlego sofrido, desapegado e contido. Fôlego que pouco permaneceu intacto.
E se eu parar para pensar chego a conclusão de que você ainda permanece nele, e em cada sensação que percorre meu corpo. Permanece naquela música, naquele sábado a tarde no carro, em cada risada e em cada milímetro de meu pensamento que teima em aparecer antes de dormir. Todas as noites.
E o que eu mais receio é que seja sempre assim, pois muito se passou e nada mudou. Mas continuo andando, não sei pra onde, nem por quê. Pois sem você na cidade tudo que tem lá também sumiu.


Sinto sua falta.