sexta-feira, 31 de julho de 2015

Olha só quem voltou depois de dois anos. Acho que eu não esperava isso, não mesmo. Se tem uma coisa que eu andei pensando ao reler as ultimas postagens é como nossos sonhos e desejos são voláteis, como eles se alimentam das conquistas antigas e se tornam cada vez maiores e mais famintos, querendo mais de você e da sua vida. Você muda e remodela tudo para que isso fique mais suave, menos voraz, mas sempre acaba voltando pro mesmo. Mudei tanto em dois anos, mudei de mentalidade, de pessoas, de lugares, de vida. Estou perdida de novo. Mesmo sentimento de angustia e de fuga. Ganhei outra família, outra casa, outro amor, outra cidade, e continuo com a fuga. Talvez já escapei e afugentei tanta gente que a única companheira permanente é esse sentimento de fluidez das coisas e pessoas. Por que não desapegar dessa angustia? Se entregar? Ser absoluta naquilo que faço sem medir futuro, sem criar aflições que envolvam espectativas absurdas de serem atendidas?