segunda-feira, 30 de maio de 2011

À margem do shopping santa ursula eu sentei e chorei.

Semana passada o cara que entrega folheto no centro perguntou porque estava triste. Hoje até uma senhorinha me abraçou. Tudo que eu queria era perguntar se ela tinha um celular. Até me lembrar que minha vó chama celular de telefoninho. Desisti.
Uma dignidade? Fiz baliza com sucesso no centro da cidade as 18h.

Agora licença, que vou usar meu livre arbítrio e jogar Diablo.
Só Deus pode me julgar num mês desse.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor da mulher aos quinze anos, como paixão perigosa, única e inflexível. Alguns prosadores de romances dizem o mesmo. Enganam-se ambos.
O amor dos quinze anos é uma brincadeira; é a última manifestação do amor às bonecas; é a tentativa da avezinha que ensaia o voo fora do ninho, sempre
com os olhos fitos na ave-mãe, que a está da fronde próxima chamando: tanto sabe a primeira o que é amar muito, como a segunda o que é voar para longe.
Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma exceção no seu amor.

(Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição.)

não, não é o fim, dure o tempo que você gostar de mim
entre o não e o sim, só me deixe quando o lado bom for menor do que o ruim
Nunca se esconda assim
eu não vou saber te falar, te explicar que eu também me assusto muito
você nunca vê que eu sou só um menino destes tais
que pensam demais


Tudo dói. TUDO. :(
Maldita rotina, malditas aulas de baliza, maldita falta que você faz nos meus dias.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cabe essa oração.

Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Banda mais relaxante da cidade. Isso sim.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Dêixis Anafórica.

A escuridão toma conta de mim e tudo que consigo ver é o raio do luar entrando por uma fresta distante. Tento me aproximar mas tudo dói. Dói uma dor ardida, mas ao mesmo tempo, me anestesia. Não consigo me mover e nem sentir, mas é doloroso. Com um tempo impreciso, me encontro nesse paradoxo de sensações inconstante. E o unico desejo que me possui é o de alcançar o luar para simplesmente ver o pronome que a muito me esqueci. Pronome que de nada é possessivo. Pronome singular. Pronome eu.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Gnose.

Sempre tive medo de mudanças. Eu escrevi muitas palavras, várias linhas, porções de letras, para chegar a essa conclusão patética. Eu continuo com medo de mudanças. Pensei um final de semana inteiro pra chegar a esse insight. Não quero mais mudanças. Passaram milhares de saudades e caíram cabelos já perdidos para, somente assim, eu perceber. Eu já cansei das mudanças. E é por isso que consigo ver com mais clareza que esse pode ser um futuro fim da linha. Fim das mudanças que temo.

Parem o mundo, quero descer e ve lo girar, só para ver suas cores sem mim. Você poderia esperar minha volta?

sábado, 14 de maio de 2011

Do latim possessivus.

E quando dá aquele aperto. Aquela vontade. O desejo? E quando vem o querer, mas não qualquer querer. Um querer imediatista e prepotente. É isso ou nada. Como se tudo que pudesse matar minha sede é a sua presença. Como se tudo que pudesse matar minha fome é a sua alma. Quero, quero agora e pronto. Possessiva e absolutista. Te quero aqui, pra mim e mais ninguém. Querer tolo que vem do mais cruel medo. O medo de ter esse querer e não ver possibilidades. Ter esse querer mas não ter esse poder. Medo de perder o que penso possuir, mas pouco me pertence.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

(...)But if we're really honest with ourselves, our plans usually don't work out as we had hoped. So instead of asking our young people "What are you plans? What do you plan to do with your life?" maybe we should tell them this: Plan to be surprised.


terça-feira, 10 de maio de 2011

5:20

"Quando você quer mais do que tem
Você pensa que precisa.
E quando você pensa mais do que você quer
Seus pensamentos começam a sangrar.
Acho que preciso encontrar um lugar maior
Pois quando você tem mais do que imagina,
Você precisa de mais espaço.(...)
Tem aqueles achando, mais ou menos, que menos é mais
Mas se menos é mais, como você mantém um placar?
Quer dizer que pra cada ponto que faz, seu nível cai
É como começar do topo
Você não pode fazer isso."



Primeiro dia de direção, primeiro rolo da Diana Mini revelado. Coisas, realmente, muito boas pra um texto medíocre que pouco se diz. Então fica uma música linda, com uma pessoa linda em uma foto nem tão linda assim.

Foto por Sofia Morais, com uma Diana Mini.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

e venha ver o sol nascer.

Faça tudo o que quiser
Você não tem certeza se vai cair
Um belo dia tudo acabará
E o que você vai guardar?
Nada! Nada!

terça-feira, 3 de maio de 2011

the world just chewed her up.

Não entendo essa coisa de sentimentos, tudo sempre pareceu confuso e vago demais pra minha cabeça errante pensar. Na maior sinceridade, te digo que tinha a maior preguiça desse negócio de sentir. Amizades eram afastadas, amores por necessidades. Tudo trabalhoso demais pra mim. Acontece que, como você, eu mudei e nem vi acontecer. E Podem até me dizer que se eu quisesse mesmo poderia continuar com minha falta de sentimentalismo vindo da novela das seis. Será? Não acredito plenamente. Sempre pareceu tolo demais aquele que diz ter pleno controle no que sente. Nada é controlável, nem você mesmo. Minha falta de sensatez foi apenas uma fatalidade. Agora aqui estou eu, e te digo que ainda me travo, mas ter essa sensação de medo é normal. Afinal, amar sempre foi visto aos olhos alheios como sinônimo de fraqueza.