terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

3 AM.

Todo mundo tem dias ruins. Em algum ponto de alguma vida, alguém já desejou nunca ter acordado. Porém, o que fazer quando essa vontade é diária? Quando você se esforça sempre. Não para tudo ser perfeito, mas, no mínimo, para que seja certo. Em vão. De dez passos que eu dou, 7 são para trás. E o que me leva para frente já não existe mais. Eu me desanimo, me desespero e regurgito palavras que à muito já deveriam ter ido embora. Nada aparece. Nada amadurece. O final do dia é sempre o mesmo. O padrão se repete. Um corpo cansado, uma mente pensante e um único desejo latente.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

And all I can taste is this moment.

Ela não esperava, não sentia, nem queria. Levantou de sua cama sem querer. Seu corpo doía e a ressaca da noite anterior dominava seus sentidos. Era um dia de chuva, sem pretensão nenhuma. O primeiro de seu 18º ano. Mas tudo seguia como de costume. Rock, suor, risadas e o cheiro de cerveja amanhecida que percorria o ambiente. As horas correram. A noite chegou. Ele sorriu. Ela notou. "Que sorriso" sussurrou. E tudo saiu dos conformes. Ela passou, ele parou, a olhou e lhe deu um abraço. Sibilou doces palavras. Ela sorriu e prosseguiu. Em estado de êxtase. Não havia palavra melhor para descreve-la naquele momento. A muito não se sentia dessa maneira. Mas então ele se foi. Tudo tinha o parecer de um sonho. E mesmo quando toda noite é feita para acabar, naquela algo começou e o tal sonho não chegou ao fim.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Only fools rush in.

A pergunta que não cala. Pergunta que grita e me sufoca. Uma voz martela em meus ouvidos. Um sussurro em meus lábios se perde. O relógio trapaceia. A cidade dorme. E posso sentir o cheiro do mais doce sonho de uma criança. Sonho onde novas esperanças são concebidas. Enquanto as minhas já se perderam a muito tempo. Amargura. Repugnação. E assim a noite segue em seu silêncio faceiro. Não para mim.