Hoje eu estava tendo um dia de merda, daqueles que tu pagaria pra não ter acordado, sabe? Pois é, esse mesmo. Estava fazendo meu percurso até a casa da vó e quando estava lá toda chorosa apertando o interfone pela 15ª vez, rezando pra ela ouvir, para uma caminhonete (vermelha, bem velha e com um som muito alto, naqueles sertanejo vira tripa) bem ao meu lado. Vejo um menino bem novo, com uns 6/7 anos. Ele desceu do carro dançando, com um sorriso enorme no rosto. Ele começou a revirar o lixo do restaurante ao lado e logo surge o pai com o lixo da loja da frente. Os dois rindo, brincando. Logo eles recolheram o que havia de re-utilizável e se foram. O que para muitos era invisível, ou até repugnante, me marcou de uma forma muito inesperada. Me achei tão pequena, mimada e egoísta por estar chateada com um dia ruim enquanto muitos estão "festejando" com uma vida julgada como medíocre pela sociedade. Fiquei mal comigo mesma. Limpei as lágrimas e decidi parar de drama. Logo uma moça apareceu e abriu a porta pra mim. Subi, abracei minha vó, e ao resolver minhas pendências, refiz meu percurso até o Objetivo agradecendo cada coisa que tem me acontecido e então às "tragédias" de rotina já não me incomodavam tanto assim.
Não sei porque to escrevendo isso aqui, só sei que gostaria de contar a alguém, de poder guardar isso pra quando algo ruim acontecer eu relembrar e saber levar de uma maneira melhor.
Mas mais que isso tudo, eu queria poder dividir contigo. É estranho, mas sempre quando te vejo depois de uma semana, as coisas que mais me marcaram, eu esqueço de te contar.
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